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Encontro reunindo associações é destaque do IX Congresso em Joinville

4/10/2017 - 6:08 - Por: ABFLP

Um evento em paralelo voltado às associações que prestam assistência ao fissurado foi destaque entre as atividades do Congresso Brasileiro de Joinville. Programado a princípio para um dia, o encontro estendeu a sua pauta também durante o sábado, com palestras e demonstração das experiências das várias entidades.

Luíza Pannunzio, uma das fundadoras da ONG “As Fissuradas”, mãe de um menino portador da doença, disse que, participar de eventos como o de Joinville faz com que a gente “conheça pessoas, troque experiências, procure melhorar as nossas práticas cotidianas”. Em sua opinião, médicos executam muito bem o seu trabalho, porém ainda existe uma distância em relação ao paciente que, para ela, precisa ser encurtada para que todos “vençamos os nossos medos, o desespero, propiciemos o atendimento humanizado, com mais afeto”.

Reforçando as palavras de Luíza, Rodrigo Brosco, presidente do Congresso, disse que, apesar dos vários avanços na área, fissuras lábio palatinas ainda desafiam a medicina no Brasil. É a doença da desinformação e do preconceito, enfatizou em artigo publicado na imprensa de Joinville, “porque estas pessoas buscam, desesperadamente, pelo atendimento digno, sem marcas que anulem a sua vontade de viver e de socializar”.

Planejamento de ações

Lorena Gamborgi, administradora com pós-graduação em Finanças e Empreendedorismo Social, com experiência nas áreas financeira e contábil, proferiu palestra durante o Encontro das Associações. Ela acrescentou que as entidades precisam se fortalecer. E isto, em sua opinião, será possível quando todas compreenderem a importância de planejarem administrativamente as suas ações, souberem empreender.

O advogado Saulo Lindorfer Pivetta, autor do livro “Direito Fundamental à Saúde”, também palestrante do Encontro das Associações, reforçou a importância de as entidades se profissionalizarem. Ao detalhar vários aspectos das novas leis relacionadas ao marco regulatório do terceiro setor, ele reforçou que as associações precisam se adequar as suas exigências e às exigências do país. Voluntários, da mesma forma, devem atuar como se fossem profissionais, acrescentou.

Maria Inês Gândara Graciano, assistente social aposentada do Centrinho de Bauru, porém ainda ativa na causa pela fissura lábio palatina, disse que “precisamos lutar para que parte dessas doenças, pelas dificuldades que impõem aos seus portadores, deixem de ser classificadas meramente como problemas estéticos”. De fato, segundo ela, são males com forte componente funcional e quem sofre deles é constantemente vítima de bullying e preconceito.

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